Umas palavras sobre nós

A Swing Station, o primeiro projecto em Portugal que promove a música e as danças vintage americanas e o amor pelo movimento (desde 2007, sob o nome Lindy Hop Portugal), foi fundada pela americana Abeth Farag e tem sede no Lisboa Ginásio Clube.

Paralelamente à formação, a Swing Station produz eventos, festas e fins-de-semana dançantes, nomeadamente o Solo Train (desde 2018).

Para além de apresentar as danças como actividade de lazer para o público em geral, a Swing Station oferece formação mais intensiva para uma equipa de indivíduos que querem apostar na profissionalização nesta área de dança, quer como professores, quer como animadores.

É possível contratar os Hodge Podge Stomp, a equipa da Swing Station, para workshops, animações, festas, casamentos, sessões de DJ, concertos, team-building e muito mais.

O objectivo da Swing Station é viver através da dança, sabendo que a vida é uma dança! Queremos convidar toda a gente para dançar a vida.

Contamos a nossa história

Abeth Farag veio viver para o Porto em 2003, para dar aulas de Inglês. Tinha aprendido East Coast Swing e depois Lindy Hop em São Francisco com os professores Paul Overton e Sharon Ashe mas em Portugal não encontrou nenhuma comunidade das danças vintage americanas.

Com tanta paixão pelo Lindy Hop, ia viajando pela Europa 1-2 vezes por ano para dançar em festivais internacionais, mas sempre que voltava a Portugal, era uma frustração não ter com quem dançar e partilhar esta alegria!

4 anos a viver sem conhecer ninguém em Portugal com a mesma paixão, ela decidiu espalhar a paixão! Em 2007, Abeth resolveu começar por partilhar vídeos de Lindy Hop com os seus colegas das aulas de sapateado – afinal, quem praticava uma dança que partilha algumas raízes do Lindy Hop poderia ficar interessado, não?

Claro que sim! Juntou-se um pequeno grupo dessa turma e de outros amigos. Daí a começar a aprender os passos básicos e a marcarem treinos, foi um instante. Rapidamente viciado, o pequeno grupo sentia a necessidade de juntar ainda mais pessoas. Foram passando a palavra e assim a Abeth iniciou as aulas para um grupo mais alargado.

Um movimento começou!

Em 2008 deu-se o primeiro passo de expansão para a capital! A Sara Vargas e o Carlos de Silva, do Cais Sodré Cabaret! estavam à procura de alguém para ensinar o Lindy Hop a um grupo de amigos em Lisboa e souberam da Abeth numa pesquisa na net.

Lá começaram as aulas na capital – só 2 vezes por mês mas muito intensivas – e no ano seguinte deu-se a introdução do Lindy Hop na escola 1001 Danças, no Ateneu Comercial de Lisboa. Assim a dança foi atingindo mais gente ainda e enquanto crescia no norte, as aulas em Lisboa foram-se tornando mais regulares.

Tudo sob o nome Lindy Hop Portugal, marca que a Abeth criou.

Agora era altura para o resto do mundo saber que o Lindy Hop também estava presente em Portugal!

A Abeth organizou no Porto o primeiro festival internacional desta dança: Porto Lindy Exchange (PLX). A comunidade pequena mas apaixonada ficou a conhecer outros praticantes de vários países da Europa e não só! E esses visitantes perceberam que o Lindy Hop em Portugal estava cá para ficar!

Entretanto outras pessoas no Porto pegaram na organização desse evento internacional e há vários anos que organizam o fabuloso Porto Swing Jam no final do verão.

Agora isto estava a crescer a sério! A Abeth nunca imaginara tal dimensão – foi mesmo um sonho pôr tanta gente a dançar!

Sem possibilidade de dar todas as aulas ao número crescente de interessados, Abeth convidou alguns alunos avançados e começou a formá-los como professores de Lindy Hop, criando um currículo próprio de aprendizagem desta dança e depois também de Vintage Jazz, dança a solo.

Entretanto, ela foi organizando workshops pontuais de Balboa e Blues com professores internacionais. Havia um mundo inteiro para os portugueses descobrirem nas danças vintage americanas!

A Abeth voltou à organização de festivais internacionais e em 2011 lançou um novo, mas desta vez com workshops e festas – o Atlantic Swing Festival! Com professores da Argentina e dos EUA, esta iniciativa casou a formação com a diversão e foi um fim-de-semana que motivou ainda mais a comunidade de Lindy Hop em Portugal.

Em 2012 o festival mudou-se para Lisboa e desde então foi crescendo até a sua última edição em Junho 2019, que contou com 6 dias de actividades, festas, dança na rua e workshops, mais de 420 participantes, 10-15 professores internacionais, bandas de swing nacionais e internacionais e até entrou na programação das Festas de Lisboa!

Uma vez que este projecto ganhou uma forma maior, em Setembro de 2012, a Abeth abriu oficialmente a Swing Station como escola e produtora de eventos de música e danças Vintage Americanas, actualmente contando com cerca de 200 alunos.

Para além de Lindy Hop, a Abeth introduziu outras danças em Portugal.

Decidiu também organizar um festival de Blues no Porto entre 2014 e 2018 – Atlantic Blues – que contou com uma parceria com a Casa da Música.

As aulas regulares oferecidas na Swing Station aumentaram – agora pode-se fazer Lindy Hop, Vintage Jazz, Charleston, Balboa, Blues, Collegiate Shag, Solo Blues e Tap!

A escola no Porto fechou, focando a sede apenas em Lisboa.

O projecto continua a crescer e continua a formar mais professores e animadores, de modo a levar estas danças a mais pessoas. Com uma equipa maior e uma comunidade activa e vibrante, a Swing Station é mais que uma escola – é um projecto de aulas, workshops, animações, práticas, dança na rua, festas, e festivais.

Este ano já ia ser um de mudança, por um lado voltando a focar-nos nas nossas raízes na música e dança swing, deixando as aulas regulares de Blues; por outro lado, a mergulhar mais na essência do que é dançar a vida e viver a dança, explorando através de aulas mais de consciência corporal.

2020 acabou por se revelar um ano marcante para todos nós. Um ano em que o mundo se virou de pernas para o ar com a chegada do COVID-19 às nossas vidas.

A Swing Station foi tocada duma forma profunda e tivemos de suspender as aulas presenciais durante 4 meses. Reduzimos a nossa oferta e a nossa equipa. Todavia, conseguimos manter a comunidade ligada ao movimento e uns aos outros através de aulas on-line.

No final do Verão 2020, estamos agora a começar uma nova fase, em que o foco é continuar com as nossas danças actuais – Lindy Hop, Balboa, Charleston, Vintage Jazz, Tap Dance – e ao mesmo tempo desenvolver mais oferta à volta do bem-estar do corpo e da consciência corporal, como visionámos no início deste ano.

Acreditamos que o corpo é onde vivemos esta dança que é a vida. É preciso habitar o corpo e encontrar a força dentro de nós próprios para lidar com as dificuldades que vamos enfrentando nos tempos que correm.

Queremos viver cada vez mais a crença “What We Dance is Life” e explorar movimento e consciência através do movimento, trazendo essa experiência de conhecer e viver dentro do nosso corpo para a forma como nos mexemos no nosso quotidiano.

Vamos a isso?